sábado, 26 de novembro de 2011

Neto e Datena precisam conhecer nossa História!

- Artigo -

Não podemos tratar os comentários dessa mesa redonda como jornalísticos. Trata-se de uma brincadeira que demonstra o desconhecimento da realidade da cidade, bem como desrespeito à nossa história.

Preciso dizer que não foi apenas o Corinthians do Neto que veio se concentrar em nossa cidade. Nossas águas também lavaram o caminho de vários times. Se não fossem os treinamentos aqui, no antigo Cristiano Ozório, talvez não tivéssemos conquistado a Copa de 1958.

Apenas ilustrando o rol de personalidades que frequentaram Poços de Caldas, não posso deixar de citar Dom Pedro II, Rui Barbosa, Getúlio Vargas, Luis Inácio Lula da Silva que, inclusive, desfrutou sua lua-de-mel por aqui. Recentemente, recebemos o ilustre Ministro Aloizio Mercadante, que pôde ver de perto quão bela esta cidade se encontra.

Infelizmente, tivemos, no passado recente, administrações que apostavam em que a cidade não podia ser turística e crescer ao mesmo tempo. Por sorte, as últimas administrações deram uma guinada nos rumos, investindo fortemente no turismo.

Foram criados a Sinfonia das Águas e o Natal Encantado; estão sendo restaurados o Palace Casino e as Thermas Antônio Carlos; o Centro de Convenções está próximo, novos hotéis chegaram e a demanda continua crescente. Por sua vez, os restaurantes seguem o mesmo rumo. Somos, neste momento, o município desejado por todas grandes redes, do fast food ao vestuário.

Para não superestimar o lamentável quadro, sugiro que esse pessoal poderia se fazer um favor e passar um final de semana, aqui, em Poços de Caldas. Assim, gente feito Neto e Datena certamente se arrependeria do que disseram; isso, claro, depois de desfrutar de toda qualidade e hospitalidade do nosso povo.




Tiago Cavelagna é diretor-presidente do Departamento Municipal de Águas e Esgotos de Poços de Caldas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Que se deve levar a sério no programa de Datena?

- Artigo -

O conterrâneo Luis Nassif afirmou que um jornalista de Poços, já falecido, só era desagradável quando levado a sério. Esta frase lapidar se aplica ao caso em questão. O programa tem uma inspiração no jornalismo esportivo e policial de gosto no mínimo duvidoso. Trata-se de uma receita simples que mistura a exploração das emoções mais epidérmicas ante a violência cotidiana das grandes cidades e a superficialidade no trato das matérias veiculadas ou comentadas. A cobertura do bolo é o protagonismo de figuras com grande presença de espírito e que não tem grande compromisso factual. Em síntese, trata-se de um tipo de programa popularesco onde a notícia é menos importante que a performance de seus atores. Portanto, só são desagradáveis se levados a sério.
Alguém dirá, porém, que as afirmações desmerecem a cidade. Em certo sentido, sou obrigado a concordar, mas não porque foi chamada “uma cidade de velhos”.  A população com mais de 65 anos em Poços de Caldas, segundo o último censo, está na casa dos seis por cento, com números curiosos como mais de 1.110 pessoas acima de 85 anos e 19 com mais de cem anos, sendo quatorze mulheres. Um número expressivo, que demonstra que a cidade favorece a longevidade, portanto ser, eventualmente, uma cidade de velhos nãos nos desmerece, ao contrário.
É triste pensar que aquela banca de comentaristas não tem olhos nem memória para o belo. Como não se encantar com esta moldura extraordinária da Serra de São Domingos? Que outra cidade está assim tão harmonicamente acolhida e abrigada aos pés de uma imensidão verde, por onde brotam e correm uma insondável rede de olhos dágua e pequenas corredeiras, que se juntam, que vertem rebeldes a saciar a sede de pássaros, quatis, macacos, jaguatiricas? E o capricho das redes que se infiltram, percolam e emergem como fontes para nosso consumo?  Como não ter olhos para a imensidão do Planalto e as coisas que a história dos homens e mulheres locais foram construindo e plantando? Como ficar indiferente à leveza poética das salas do aeroporto; às colunas inacreditáveis que trouxeram os trens; às casas seculares que ainda resistem; às praças e jardins; ao olhar do topo da serra; ao panorama visto da Igreja Nossa Senhora de Fátima; à singeleza profunda da Igreja de Santo Antonio; ao Palace Hotel e seu interior quase inexplicável; à caixa d’água da travessa Pará? Como não se encantar com a Praça Pedro Sanches e o Parque José Afonso Junqueira, compondo o conjunto com as Thermas e o Casino? Como não se deixar seduzir por uma gente que gosta de paz e cordialidade? É certo que os defeitos não estão no que pode, aqui, ser visto ou sentido; estão nos olhos e sentidos entorpecidos dos nossos pobres críticos.
A indignação pode até ser justa, mas dá uma importância desmedida ao fato. Defender, efetivamente, nossa cidade é fazer a lição de casa, dar mais visibilidade às coisas que temos. É claro que para isso é preciso mais competência que representação, mais trabalho sério e menos circo, mais conquistas que justifiquem os foguetes. Mas, isso é outra história, fica para o futuro.
O que pode e deve ser levado a sério no programa do Datena e companhia é que Poços de Caldas, nos últimos anos, não anda cuidando bem de sua imagem, favorecendo interpretações equivocadas, a ponto de ser destacada ainda pela lua de mel do apresentador ou pelas pré-temporadas do Corinthians, que ficava hospedado no Hotel Nacional e treinava no campo de futebol da chácara do saudoso Alexandre Bastos.
O que, aliás, não diminui minha paixão por está terra que fascinou meus olhos de menino, nos idos de 1967, despertando ali uma paixão que carrego e cultivo até os dias de hoje.

PAULO TADEU é veterinário, ex-prefeito de Poços de Caldas e militante do PT.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Processo de Endividamento e sua Resolução!


Muitas vezes, o cidadão ou empresa deparam-se com problemas em relação a dívidas. Dívidas com bancos, financeiras, agiotas, no comércio, cheques devolvidos, fornecedores, cartão de crédito, duplicatas em atraso, enfim, inúmeros tipos de dívidas. E estas podem atingir até a família em alguns casos.

Comumente se pensa que, a princípio, somente cidadãos menos esclarecidos estão vulneráveis a esta situação. Todavia, este entendimento é um grande engano, haja vista que todos correm riscos, desde o mais humilde até o mais abastado; daquele que possui menor conhecimento até o mais habilitado; da micro empresa até a empresa de grande porte. O sistema financeiro não seleciona um tipo de perfil para a origem e consequências de uma inadimplência, de forma que, infelizmente, os aborrecimentos decorrentes de tais circunstâncias podem atingir qualquer pessoa.

A grande verdade é que se a renda deste cidadão ou empresa não é compatível com o pagamento da dívida existente ou ainda de sua parcela, a única solução encontrada é contrair novas dívidas para quitar outras, e, assim, este se torna o fator determinante para se iniciar a construção de um “monstro” chamado inadimplência.

Junto com este “monstro” vários problemas tendem a surgir, tais como problemas no trabalho, na família, nervosismo, ansiedade, stress, insônia e em alguns casos até depressão. Não bastasse isto, ao lado da inadimplência caminha o maior dos vilões, a saber, a restrição ao crédito, a qual sujeita o cidadão ou empresa, que já estão em uma situação difícil, a inviabilizar ainda mais a sua recuperação.

Além de todos estes fatores prejudiciais, se une ao time dos vilões: juros, multas, taxas. Em decorrência desta avalanche gerada, uma suposta dívida que, até certo ponto poderia ser paga com relativo sacrifício em um determinado tempo, torna-se “impagável”.

Neste momento, o cidadão ou empresa se vê acorrentado e sendo jogado ao mar. Imagine, devedor, sem condições de pagar, com o valor da dívida crescendo a uma velocidade absurda e sem crédito na praça para poder resolver esta situação. Chega a ser desumano.

Segundo o ipea (instituto de pesquisa econômica aplicada) estima-se que quase 50% das famílias brasileiras atuais se encontram de alguma forma em dívidas, sendo que destas, mais de 80% acreditam que pagarão apenas em parte ou até mesmo não terão condições de sair desta situação, restando caracterizada, portanto, a inadimplência.

No mundo empresarial não é diferente, segundo estudos especializados, estima-se que mais da metade das empresas que são abertas fecham em menos de 5 anos. Quantas delas adquiriram dívidas durante o percurso até seu fechamento, dívidas estas que, provavelmente, culminaram na impossibilidade de pagamento em virtude dos fatores acima expostos? Certamente, a grande maioria.

Neste aspecto, nos propomos a assessorar estes cidadãos e estas empresas, acreditando que quando uma situação de dívida é efetivada, o devedor se torna demasiadamente vulnerável, além de fragilizado emocionalmente, se tornando, sem qualquer dúvida, o lado fraco e hipossuficiente das partes envolvidas.

Diante desta situação de desequilíbrio entre as partes, muitas vezes o devedor cede a pressões dos credores e toma atitudes equivocadas, em vista do seu desespero e, frequentemente, pela mera falta de conhecimento técnico. Dívidas em cima de dívidas, financiamentos em cima de financiamentos, venda de bens, patrimônios particulares. Não é esse o caminho correto!

Todo credor possui um preposto, isto é, um agente de cobrança para intermediar a negociação, ou melhor, a exigência do pagamento. O credor adota esta postura, pois sabe que conseguirá maximizar seus resultados, ou seja, auferir maiores lucros.
Seguindo este mesmo raciocínio, o devedor também deve possuir um representante, já que este saberá conduzir a negociação de uma forma profissional, protegendo-o da força do credor e proporcionando maior equilíbrio nas negociações.

Seguramente, este representante do devedor, isento de envolvimento emocional, não cederá a pressões, cobranças, insultos, ameaças e agirá racionalmente. Nestes casos, muitos problemas são resolvidos por pessoas externas a situação, pois, geralmente aquele que está inserido no problema não consegue enxergar alternativas para a sua resolução.

Lembre-se: as dívidas existem e acontecem devido a diversos fatores. Não é o fim do mundo! É somente uma situação que necessita de uma ação para que o problema possa ser revertido. Nada é para sempre. Soluções existem e pessoas qualificadas podem te ajudar. Muitas pessoas ou empresas simplesmente estão sem crédito devido ao fato de acreditarem que a situação não tem volta e, muitas vezes, nem procuram saber se tem.

Faça uma consulta orientativa. Como tudo na vida, até uma dívida deve ser gerenciada, para que na oportunidade e momento certo, os valores corretos sejam equilibrados, tornando, assim, as condições de pagamento reais e, via de consequência, a dívida liquidada.


LUCAS REIS é administrador, consultor financeiro e especialista em Gestão e Assessoria em Negociações de Dívidas na empresa CONTATO GESTÃO EMPRESARIAL. Atua no setor ADIMPLE GESTÃO E ASSESSORIA EM NEGÓCIAÇÕES DE DÍVIDAS, situada na Avenida Davi Ottoni, 476 – Jardim dos Estados, Poços de Caldas/MG. Atende pelos telefones (35) 3714.1348 OU (35) 8843.0402, e-mail contatoadimple@hotmail.com.